segunda-feira, dezembro 19, 2005

E agora?

Fui contra o curso de Medicina na UFSCar. Enquanto nós das Humanas temos de nos contentar com o restolho do que pinta pra UFSCar (grana, professores, equipamentos), a política de expansão das Biológicas (vide campi de Araras e Sorocaba) e Exatas segue a todo vapor.

Pois bem. Agora não há o que reclamar. Atendendo a uma demanda são-carlense de décadas, cujo povo PENSA que com um curso de Medicina o acesso à saúde pública será aumentado, o curso veio. Que então seja um ótimo centro de formação, porque a Saúde no Brasil é uma merda. Mesmo achando que tem mais eficácia dar água encanada, esgoto e segurança alimentar do que fabricar mais médicos.

Mas agora não é devido reclamar. O curso é uma realidade, está em fase final de implantação. Espero que queime a língua, e que os recursos não sejam afunilados para lá, em detrimento das Humanas da UFSCar.

E como ironia do destino, agora me mandaram, temporariamente, para lá, para a Medicina.

Desde que comecei a trabalhar na UFSCar, muitas vezes tive de dar a cara a tapa, por perceber que anteriormente eu criticava o funcionalismo público sem ver o que se passava realmente. Muitas vezes culpei inocentes, classificando-os como incompetentes, acomodados e imprestáveis. Errei. Vagabundos e encostados existem na iniciativa privada e no serviço público, não tem essa. Percebi que a carga laboral é grande demais, dado que há muito trabalho para pouco pessoal. E apesar de muito trabalho, e muita responsabilidade, o salário não é tudo aquilo que se criou como verdade: de que funcionário público ganha bem. Merda nenhuma.

Espero que o Luiz Cagão Lula da Silva autorize concursos públicos. Pois criar curso após uma bravata em discurso é fácil, muito fácil. Para ele é dar uma canetada. Mas para a UFSCar, isso precisa de muita verba. E de mais trabalhadores. Né, Partidos dos?

1 Comments:

At 4:30 PM, Anonymous Anônimo said...

cadê vocêeeeeeeeeeee?

 

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