terça-feira, junho 30, 2009

A cobertura tendenciosa e a hipocrisia da esquerda sobre Honduras

Quando um “golpe de estado” é na verdade um contra-golpe, ele é realmente um golpe? Tão indesejável assim a ponto de levar toda a comunidade internacional a um chilique coletivo? O que se vê em toda a reação da deposição do presidente hondurenho é uma das mais claras evidências que a esquerda quer transformar a América Latina numa imensa ilha de ditadores eleitos democraticamente, rezando fielmente à cartilha de Gramsci, o teórico do totalitarismo moderno.

A alternância de presidentes é uma cláusula pétrea da constituição hondurenha. O artigo 4 atesta que a “A alternância no exercício da Presidência da República é obrigatória. A infração desta norma constitui delito de traição à Pátria”,e também no artigo 42, inciso 5 afirma-se que a qualidade de cidadão hondurenho perde-se “Por incitar, promover ou apoiar o continuísmo ou a reeleição do Presidente da República”.

O que não vê na cobertura da mídia acerca do caso é que o presidente deposto de Honduras Manoel Zelaya foi cooptado por Hugo Chávez e sua corja. Eleito democraticamente pelo direitista Partido Liberal, foi convencido por Chávez converteu-se em um neocomunista, traindo assim seus eleitores e o povo hondurenho que o elegeu vendo o em um palanque e o viu pular para o outro galho sem mais nem menos. Zelaya passou até pelo batismo de um perfeito idiota governante latino-americano – ir beijar a mão de Fidel Castro – e seguindo a cartilha gramsciana quis se perpetuar no poder alterando a constituição passando por cima das demais instituições democráticas de Honduras.

Defender a democracia seria derrubá-lo por traição à pátria, coisa que as demais instituições hondurenhas fizeram. Porém, o estabilshment esquerdista e a ditadura do pensamento único que transborda das redações de jornais, desde aquele com circulação acima dos milhões até as gazetinhas de interior, fizeram com que o que é democracia e estado de direito se transformasse em golpe e em estado de exceção. E o golpe escancarado, coberto com a capa vermelha do Capitão Marx, transformou-se numa diabólica armação da direita para derrubar um democrata.

A reação de Lula e de sua cambada de asseclas ilustra bem sob as botas de que tipo de gente estamos nós, brasileiros. É óbvio que caso Zelaya fosse um castrista/chavista que acordasse para a realidade dos fatos e se convertesse ao liberalismo, mesmo sem cometer qualquer ato contra a constituição do País, toda a cambada já o teria posto no paredão verbal e o chamado de traidor, fascista, e todos aqueles apelidinhos de DCE a quem não pensa como eles.


Zelaya, de liberal a ditadorzinho de república de bananas: imprensa é mal-intencionada, porque bem informada ela é.