quinta-feira, junho 30, 2005

Canseira

Olha, eu estou bem tranqüilo estes dias, por isso parei de cornetar o Governo da Camarilha Stalinista. É tanta podridão que emerge de Brasília que realmente não sei por onde devo começar e fico perdido. A lama escorre pela rampa.

De qualquer forma, apesar do Parreira, sentamos o bordume nos "Hermanos". Sim, os argh!entinos são nossos irmãos, pois amigos a gente pode escolher.

De qualquer forma, disponibilizo o brilhante texto do não menos brilhante Reinaldo Azevedo. Leiam e reflitam:

E eis meu slogan:

FORA LULA, FICA ROBINHO!

"
MAS, AFINAL, POR QUE LULA QUERIA MAIORIA TÃO GRANDE ?

Grande obra, Luiz Inácio Lula da Silva! Os seus alunos, aqueles cientistas sociaisa quem a Excelência daria "aula de política", estão realmente encantados

Por Reinaldo Azevedo (site www.primeiraleitura.com.br)

Sugiro aos leitores - e hoje a internet facilita isso enormemente, embora os bancos de dados, muitas vezes, não recuem tanto - que voltem ao noticiário de 1994, quandoo PSDB fechou a aliança com o PFL. Vamos encontrar, claro, a crônica política algoescandalizada com o "ex-esquerdista" FHC se coligando com um "herdeiro da ditadura"e, obviamente, os petistas a denunciar o "pacto das elites" contra os interessesdos trabalhadores. Vocês sabem que petistas, quando decidem fazer análise, não perdoam ninguém. Esse pessoal tem uma língua implacável. É uma gente dura, de uma moralidade reta, sem concessões. Lula, então o grande líder de um partido socialista, continuava a buscar "alianças no campo progressista" para combater "adireita". Ah, o que seria de nós não fosse Lula combater a direita desde o tempo em que Golbery do Couto e Silva percebeu o valor que tinha aquele rapaz de SãoBernardo...
Pois bem, goste-se ou não daquela aliança feita por FHC, ela tinha como objetivo reformar o Estado - e, também nesse caso, pode-se achar que a reforma eraou não necessária, mas era o que ele se propunha a fazer. O PMDB, naquele primeiro momento, não aceitava a proposta; o PT se dizia de esquerda e queria era mais Estado. E então se fez a aliança com o PFL, embora, curiosamente, o partido não integrasse o arco de apoios do governo Itamar, de onde saía o candidato FHC, ungido como o ministro do Real. O PFL entendeu o que os petistas não entenderam então: aimportância da estabilidade da economia e seu valor como ativo eleitoral. Pois bem: havia uma aliança com um fim. Os méritos do que se fez podem até estar submetidos ao debate, mas não o fato de que a união tinha um propósito definido.
Voltemos agora ao presente. Por que é que Lula queria mesmo um arco tão grande de apoio no Congresso? Para fazer qual reforma e implementar qual mudança? Até hoje não entendi por que o presidente e o PT queriam uma base tão ampla. Esse "não entendi" é retórica. Entendi, sim, e já vou lhes contar por quê. E eles serão obrigados adizer que estou certo. E terão de confessar a grande burrada que fizeram ao cair na conversa de José Dirceu e José Genoino. Mas, antes, lembro ainda outra coisinha. Lula precisou de uma maioria grande para aprovar as reformas logo no começo do governo. Já ali encontrou problemas. Não fossem PSDB e PFL e seus votos em favor da reforma, elas não teriam sido aprovadas. E o fizeram, sabemos, sem queninguém lhes pagasse mensalão. Depois daquela rodada, tudo o mais que Lula propusesse precisaria de maioria simples. Ora, com o apoio inicial que obteve dePL, PMDB, PSB, PDT, PPS, PV e PTB, poderia tocar a vida com tranqüilidade seestivesse disposto a governar o Brasil por quatro anos e, dentro das regras dadas, disputar mais quatro. Mas é nesse ponto que entram a natureza do PT e sua vocação. É aqui que o Moderno Príncipe dá uma ferroada no próprio corpo e experimenta o veneno que a outros estava reservado. Por que o PT fez a bobagem? A explicação é simples. Lula e José Dirceu, juntos, começaram a cuidar da reeleição, os malucos, desde o dia 1º de janeiro de 2003. Dirceu, se entendesse o valor da democracia, e Lula, se entendesse de alguma coisa, teriam se esforçado para formar, com o PSDB ou partes dele ao menos, uma espécie de eixo de centro-esquerda para governar o país. Ora, o programa macroeconômico do adversário, eles já tinham roubado mesmo, e sua pregação pregressa já estava desmoralizada. Poderiam ter-se aproveitado do fato deque praticamente toda a mídia (a exceção, então, creio, era Primeira Leitura, ninguém mais) estava tomada de encantos com o ex-radical convertido ao mercado e ter levado adiante um governo segundo as regras corriqueiras da democracia representativa. Ah, mas isso não bastava, não. Para que tentar governar o Brasil direito durante quatro anos e tentar mais quatro depois? Era preciso ter um projetode poder para os 20 ou 30 anos vindouros. Quiçá um projeto eterno. Em vez deestruturar o governo, dedicaram-se todos eles a estruturar o partido. Sim, isso mesmo. Quando apontávamos aqui a constituição do PT como o Moderno Príncipe, acusavam-nos de exagero, de exercitar teorias conspiratórias. Poucos se davam contade que o PT tomava o lugar da República e que instâncias do Estado eram transferidas para a decisão partidária. É por isso que Delúbio vivia no Palácio, diz ele, como dirigente partidário. O ridículo é de tal sorte que um publicitário que trabalhava para estatais não tem vergonha de dizer que é "amigo" de Delúbio, como se amizade entre dono de agência e tesoureiro de partido, que estava na CUT até havia pouco, fosse coisa comum. Os dois que me perdoem. Não é. Deveriam satisfazera nossa curiosidade e explicar de onde nasce tanta intimidade e que interesses partilham, como em qualquer amizade.
Desde o dia 1º de janeiro de 2003, Dirceu, como apoio, anuência e conhecimento de Lula, atuou para tentar isolar o PSDB, em particular - e, junto com este, o PFL - da política. O primeiro movimento consistiuem mobilizar os partidos satélites para "roubar" parlamentares da oposição; o segundo movimento se deu quando, de posse do programa macroeconômico do partido derrotado nas urnas, se cunhou a expressão "herança maldita", fazendo tábula rasa da transição mais civilizada de um governo para outro havida na história republicana. Lula não queria governar o Brasil. Queria refundá-lo. Quantas vezes denunciamos isso aqui?A intenção, desde o primeiro momento, foi não deixar pedra sobre pedra da herança recebida, com a grande e monumental impostura de que, defato, nada se mudava de essencial. E, quando mudava, era invariavelmente para pior, a exemplo do que se viu na área social. A imprensa não cobrava nada. Aplaudia o fim da porra-louquice petista, isto sim. A oposição ficou um pouco aparvalhada, já que via, nos marcos gerais do governo, aplicado o programa que defendera até havia pouco; os petistas, exceção feita aos três expulsos, fazia de conta que era apenas uma acomodação tática até que chegasse o verdadeiro PT. A Rede Globo cantava as glórias de um sujeito que estava entre o cristo operário e uma espécie de yuppie das classes populares, mas com grife ideológica. E Lula nadava em suas prosopopéias, afogava-se alegre e faceiro em suas metáforas, ensinava, como dizia, humilde como sempre, os cientistas políticos a fazer e a pensar política. O Tirano de Siracusa de certo tipo de intelectual se esbaldava em suas obviedades e em sua política chinfrim.
Mas volto à pergunta: por que maioria tão grande? Se Dirceu e Lula fossem dois democratas, tentariam, dentro das regras, o tal eixo de centro-esquerda a que já me referi. Afinal, convenha-se: deve haver mais identidades entre, sei lá, um Alberto Goldman e um partido que se diz de esquerda do que entre Roberto Jeffersone esses notáveis "progressistas". Ou estaria eu errado? Mas não! Dirceu, o gênio político reverenciado, viu nos tucanos uma força que deveria ser destruída, isolada, esmagada. Para tanto, na linguagem de Jefferson, decidiram contar com asforças mercenárias. E então fazer a sua "maioria" no Congresso para, vejam vocês, rigorosamente nada que não fosse preparar o caminho da reeleição. E eis, então, a perdição do partido. E como se tentou garantir esse projeto "estratégico", como eles diriam, cheios de empáfia? Ah, com o apoio de luminares como o próprio Jefferson, Valdemar Costa Neto, José Janene, Pedro Henry, Pedro Corrêa, essa gente bacana que descobriu, de súbito, virtudes visionárias em Luiz Inácio Lula da Silva.
Como se pode ver, trata-se de uma verdadeira Sorbonne moral. Deu no que deu. Em parte se revela agora por que a eleição do presidente da Câmara resultou em Severino Cavalcanti. Está explicado também por que Lula escolheu o até certo ponto outsider Luiz Eduardo Greenhalgh para tentar retomar o controle da Casa, que havia saído completamente de qualquer padrão razoável, dados os métodos antes empregados para fazer aquela maioria. Não deu. Muitos eram os descontentes com as promessasnão cumpridas e "cheques em branco", mas também sem fundo. Na tresloucada tentativa de encabrestar todo o sistema político, o Moderno Príncipe contou com a ajuda e a colaboração da escória da política, os predadores do sistema, que sempre existem e estão ativos em qualquer democracia do mundo, não apenas na nossa. Ocorre que partidos que respeitam e acatam o jogo democrático sabem muito bem o que fazer com essa gente. O PT achava que podia usá-los para a consecução dos seus projetos e, na hora certa, livrar-se deles. Mas não se livra, não. Isso é como craca, senhores petistas. Gruda e não solta. Vejam a que ponto fantástico vocês chegaram. Lula corre o risco de afundar junto com os jeffersons, valdemares, janenes e mabéis naquele que seria o mais fantástico naufrágio da política brasileira em qualquer tempo. E tudo porque, em vez de governar o Brasil conforme prometera, portou-se, o tempo interiro, como esteio de um projeto maluco e regressivo de poder.
Agora, asituação é a seguinte: se Lula chegar ao fim do mandato e se o PT perder as eleições para alguém responsável, vá lá, haverá solavanco, mas temos saída. Embora o pós-PT vá ser necessariamente traumático: não temos a exata noção do alcance da desestruturação do Estado. Tentarão fazer da vida do eleito um inferno, com suas CUTs, MSTs, ONGs. Se Lula fica até o fim e ganha (e será, necessariamente, por uma margem estreitíssima), a crise começa no dia 2 de janeiro de 2007. Se tiver de sair antes (e não há, mesmo!, por que descartar essa hipótese), viveremos dias agitados, com um Congresso que estará, nessa hipótese, necessariamente conspurcado. Grande obra, Luiz Inácio Lula da Silva! Os seus alunos, aqueles cientistas sociais a quem a Excelência daria "aula de política", estão realmente encantados. "

quarta-feira, junho 29, 2005

Hoje

Festa Junina da Letras ontem na República O Siri Cascudo. O quentão da Destilaria Affonso de André & Figueira fez sucesso.
"Affonso de André & Figueira: trazendo o legítimo sabor lusitano às terras paulistas"

Frases da festa:
"Cebola, por favor, pára de soltar rojão..." Lara, já transformada em Amanda. Isso porque levei somente bomba 4.

"Mas vocês vão fazer festa de novo? Vocês não estudam???" Vizinha, com cara de poucos amigos, enquanto eu amarrava bandeirinhas no quintal.

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Só pra não dizerem que estou louco:

Saques teriam ocorrido antes de encontros com PT

O publicitário Marcos Valério, suspeito de ser o operador do "mensalão" denunciado pelo deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), retirou da conta da agência SMP&B Comunicação no Banco Rural, da qual é sócio, um total de R$ 1,135 milhão no período entre setembro e outubro de 2003. Os saques se deram no mesmo dia ou na véspera de viagens de Valério para Brasília, como se pôde comprovar cruzando informações presentes na agenda da ex-secretária Fernanda Karina Somaggio, as quais indicam reservas em nome do publicitário no Grand Bittar Hotel, localizado na capital federal, e dados bancários da SMP&B apurados pelo Conselho de Controle das Atividades Financeiras (Coaf). (...)
Fonte: Terra

Como podem ver, as denúncias de mensalão só podem ser um golpismo tucano contra o governo democrático e popular petista.

segunda-feira, junho 27, 2005

Ao meu irmão Bruno Affonso de André Almeida

Há quase dois anos eu estava na antiga Casa Verde tomando uma cerveja com o DCMFDP, Pedô, Anselmo, Rafael Caraio et caterva, quando uma ligação de São Paulo nos tirou do habitual sossego e nos levou a um desespero mórbido, daqueles de cortar o fogo. A Kátia Mello ligou à república contando que meu primo - verdadeiro irmão e amigo de longa data do DCMFDP - Bruno Affonso de André Almeida sofrera um acidente grave na estrada Carlos Tonani, que liga Monte Alto a Jaboticabal. Ligamos para o Carlão, para o Cudi, para o Megro, para meu pai, para a puta que pariu, atrás de notícias. Passamos uma noite do cão buscando por notícias e novidades. O medo em perdê-lo dominou nossos ossos que tremiam apesar do calor daquela noite. Tive de ser forte e segurar os pensamentos mais desgraçados da minha irmã e do Daniel, que temiam pelo pior. Com as novidades, e sendo sereno, pude analisar que a situação não era grave a ponto de uma morte - que infelizmente aconteceu no outro carro envolvido no acidente - e tentava acalmar os dois.

No outro dia fui a Monte Alto, e tomei pé da situação. Pude vê-lo na UTI, ignorando eu os regulamentos hospitalares que me proibiam de chegar até àquela seção do hospital. Chegando lá, um dia após o acidente, percebi que ele só teria problemas ortopédicos - como já adiantara minha prima Maria Fernanda, outra irmã que tenho. Aquela visão mórbida, com o rosto dele defigurado, com o maxilar mais inchado que dedão de bailarina, todo arrebentado, com os ossos à mostra sendo sustentados por cabos de aço, foi quebrada por um ato que somente dele eu esperaria. Ao me ver - e isso ele nem lembra dado o tanto de remédio que tinha no organismo - ele me disse, como primeira palavra": "Cebola, me tira dessa 'porca madona' desse hospital". Mesmo com aquela situação desgraçada, consegui sentir graça. Graças a Deus, ele ainda estava ali. Ao levantar sua mão para me saudar, coisa que não deveria fazer, um apito contínuo (sim, aqueles de quando a pessoa desencarna - começou a apitar em vez do intermitente "pi...pi...pi...pi". Percebi na hora que o cabo havia soltado. Ele esbugalhou os olhos, e a Fernanda rapidamente ligou o cabo.

Depois disso, muitas outras visitas ao hospital, sempre com algumas risadas impossíveis à maioria dos que visitam enfermos, ele foi se restabelecendo. Seu "carro", que muitas vezes eu mesmo sentava nele e dava um rolê, os churrascos onde ele ficava na cadeira com a boca cheia de arames, as visitas em que ele teimava em esforçar a perna, apesar dos protestos de todos - do Sanfim à Laís, seus testemunhos das agruras de deficiente que passou, o primeiro fogo amarrado de cadeira de rodas - que quebrou a entrada da casa inteira - até as baladas em Monte Alto e São Paulo que estive com ele - e isso inclui a falta de álcool em um sábado qualquer regado a gin e música indie. E como não citar o dia em que minha cunhada chegou para mim em Pirassununga e perguntou: "Cebola, você conhece o amigo aleijado do Aranha". "Amigo aleijado do Aranha????", respondi, meio a intermináveis gargalhadas da Michele. Não que não seja amigo do Aranha, mas ele é o MEU primo, o Zé Galinha. E olha só onde a fama dele chegou.
Não dá pra contar detalhadamente tudo o que se passou nesse meio tempo. Só que graças a Deus, agora chega ao fim mais uma batalha desse meu primo que pela afinidade se tornou irmão desde imemoriais tempos em que botávamos fogo no Paraíso, jogávamos bola na área da casa dele com riscas marcadas com tijolo cru, caçavamos escorpião, nos dávamos chutes, mordidas e socos. Seu fêmur agora colou. Que agora essa caminhada dele seja a mais profícua e intrépida o possível, e que agora seja feita sem muletas. Como demonstração da minha mais sincera alegria pelo restabelecimento, tenho uma frase a escrever:

PUTA QUE PARIU BRUNO, VÊ SE TOMA MAIS CUIDADO COM ESSA MERDA DESSA PERNA AGORA!!!!!!

Te amo Zé Galinha



Eu, o Bruno e o Caique. Minha família, modéstia a parte, é foda!

quinta-feira, junho 23, 2005

...

Blogger do carvalho. Perdi meu texto!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Dona Marta

Dona Marta Tereza Smith de Vasconcelos, que ainda usa Suplicy, acaba de cancelar a palestra que faria aqui no Anfiteatro da Reitoria da UFSCar.

Queria que ela viesse. Perguntaria quanto custa um Eurípedes Sales.

Assim não dá.

Não vou repetir hoje o esquema de ontem, de colocar as manchetes e comentar. Ficaria muito xarope. Mas vou colocar as quatro principais manchetes do Estado hoje. O comentário, façam vocês. Por enquanto, só dois petistas dos que são meus amigos estão no esquema "isso é mentira, é intriga da direita": o Dr. Cássius Matheus Devazzio, nobre causídico militante em Ribeirão Preto, conterrâneo deste que vos escreve, e a Assessora de Assuntos Internacionais da Prefeitura Municipal de São Carlos, Renata Maria Biasioli. Todos os outros petistas amigos ou se desiludiram a ponto de virarem críticos ferinos da Camarilha ou então não tocam no assunto, constragidos e resignados.

Estadão, hoje, em sua capa:
Ex-chefe dos Correios sugere devassa e envolve Gushiken
Deputada confirma oferta do PL de bônus e mensalão
OAB quer que Lula seja interrogado
STF manda Senado instalar CPI do caso Waldomiro

Claro que, para o Cássius e para a Renata, tudo isso não passa de falácia da oposição.

Que papelão as claques do Fascio na Câmara ontem, no discurso do Iosef. Na discussão entre o Bolsonaro e o Dirceu, a suposta esquerda estava na Tribuna. A direita gritava. Estavam alí dois defensores de ditaduras. Pelo menos o Bolsonaro o faz na cara limpa, não fica se colocando como defensor da democracia. A esquerda stalinista, no Brasil representada pelo PT, se diz democrata. O Iosef diz que é democrata. Já a extrema-direita, que o Bolsonaro e o Enéas encarnam, defendem abertamente o totalitarismo. Portanto, tanto o Iosef Dirceu como o Bolsonaro querem uma ditadura, mas o Bolsonaro é autêntico e genuíno (risos) o suficiente para assumir isto. Ponto para a direita, que pelo menos é verdadeira.*(ver nota abaixo)
Iosef Dirceu no cargo de Chefe da SS, ops, Ministro Chefe da Casa Civil, se mostrou um dos piores projetos de ditador latino-americano já visto. Seus amigos Fidel Castro e Hugo Chávez lhe ensinaram bem como fazer uma ditadura sanguinária que mata as crianças de fome, condena os países ao atraso, mas que universitários de todo o mundo veneram como exemplo. Oh! pobre Marx, veja o que fizeram com o que escreveste!

* Deu a entender que eu defendo o Bolsonaro. Não defendi o Bolsonaro. O considero um câncer que deveria ser extirpado. Direitista, totalitarista... Façam sua leitura um pouco mais profundamente, pois, àqueles que não passam do raso, pode transparecer que eu defenda um imbecil como o Bolsonaro. Só fiz o paralelo entre ele e o Iosef. Hitler e Stálin, sacaram?
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Rio de Janeiro = Recreio dos Bandeirantes. Parabéns a todo o povo paulista, representado ontem pelo Paulista. Um grande chupa a todos os fluminenses, representados ontem pelo Fluminense. Eurico, obrigado pela fidalguia.
Chileno, meu irmão, meu parabéns a você é também para todos os jundiaienses. (Nota do editor: Fui na carreata com o Chileno ontem. Dois carros de Jundiaí - o dele e de um doente da Química, com bandeira, faixa e o escambau - buzinando por São Carlos e os dois cantando gritos de guerra da "Gamor" e palavras de ordem separatistas. Eu, no banco do passageiro, ouvindo e vendo, às gargalhadas, percebi que o futebol tomou das guerras o dever de confrontar os povos)

quarta-feira, junho 22, 2005

Senhoras e senhores, com vocês

A Hora da Notícia

Agora o Cebola vai comentar as manchetes do jornal (queria ter 1% da capacidade do Vicente Leporace ou do meu avô para fazer isso, mas vamos lá).

O ESTADO DE S. PAULO
Quarta-feira, 22 de junho de 2005

"Secretária amplia denúncias sobre o mensalão"

EEEEEEEEEEEE LAIÁÁÁÁÁÁÁ'!!!!! Como todos imaginavam, a secretária Fernanda Karina tomou um "prestenção" à época em que negou as afirmações que fizera à Istoé Dinheiro. Além das complicações à Camarilha que os depoimentos trarão, fica a pergunta: QUEM AMEAÇOU A SECRETÁRIA?

Lula: 'Ninguém tem mais autoridade moral e ética'
Além de bêbado e incompetente, nosso presidente é modesto.

"Marta tem direitos políticos cassados"

Contratação de ONG sem licitação. A Ong? A GTPOS. Quem fundou? Marta Tereza Smith de Vasconcelos Suplicy. Sim, a própria. A saber, amanhã ela faz uma palestra no Anfi da Reitoria sobre política social. Sim, na sala ao meu lado. Vou correr daqui e fazer questão de, caso ela me estenda a mão, pegar na ponta dos dedos e depois lavar.

Gravidez na adolescência cai 28% em 7 anos em São Paulo
Mais uma vez, nosso Estado tem mais um dos índices perpetuadores da miséria diminuídos. Assim como já foi a mortalidade infantil. MUITO BOM ESSE GERALDO.

Um dos títulos internos:
CUT, MST e UNE dão apoio à versão de golpismo

Ao melhor estilo soviético, os aparelhos do Estado Petista fazem coro à camarilha, em vez de cobrar investigações, provando que é o poder pelo poder, não o País, o que importa. Quem vai dar bola para Luiz Marinho (que chamei de pelego na formatura do Renatinho), João Pedro Stédile (sem comentários) e Gustavo Petta (que pessoalmente é até gente boa, mas é do PCdoB, que nem partido é, e põe a UNE às botas do Ministério da Educação. Qual é hoje a função destas três entidades a não ser legitimar, à base de muito$ incentivo$, o Governo da Camarilha.

Nota da Redação.: A partir de hoje este blogueiro é um assinante do Estadão. Saudades do Sanfim. E Michele, boa viagem à Itália. Coma muita pizza em Napoli, compre minha camisa, coma muito queijo e grite bem alto pelas ruas: "Cazzo! Il Lula, presidente de Brasile, se un buffone!!!". Vou junto em pensamento. Cuidado com os teco-tecos da Alitalia.

terça-feira, junho 21, 2005

Querem arte?

Se você não quer só comida, quer comida, diversão e arte, aprenda a cozinhar para ter comida, viaje a Monte Alto pelo menos uma vez na vida para ter diversão e visite a "Semana de Arte Conceitual" em http://www.rockthistown.blogger.com.br/ , organizada e promovida por Kátia Nogueira Mello, para ver o que é arte. Obras de gênios da pintura como Pétria Chaves, Kátia Mello, e os primos Bruno e Henrique Affonso de André. Imperdível.
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Ontem no Roda Viva o Roberto Jefferson citou que o PSDB recebera dinheiro do PTB em 1994, e que doou ao PTB em outro momento. Dinheiro não declarado. Que novidade, não? Só tem um partido no Brasil que nunca deve ter recebido dinheiro não-declarado de empresas: o PSTU. Primeiro que nenhuma empresa doaria dinheiro a eles em campanha. Mas eu disse EMPRESAS. Será que o PT nunca doou algum dinheiro aos trotskistas? Sei lá, perguntar não ofende.

Ponto máximo de RJ na ótima entrevista: "Que conversa é essa? Estou estranhando tudo isso. Parece que estamos num convento de freiras. Pensei que fôssemos discutir aqui financiamento de campanhas políticas. Vocês sabem disso tudo que estão me perguntando".

O Ilimar, d'O Globo, obviamente, tentou ficar acusando o PSDB. Lógico, imprensa oficial né. Como diria um petista do período pré-lulozóico: "O POVO NÃO É BOBO. ABAIXO A REDE GLOBO". O mundo dá voltas... quem diria, os Marinho tendo de se curvarem ao Sapo Barbudo, com medo das dívidas da Globopar. E os petistas adorando a Globo, dando graças a Deus por estarem, agora, do mesmo lado.

segunda-feira, junho 20, 2005

Reforma ministerial


Do http://noblat.blig.ig.com.br
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Feijoada Acidente

Feijoada: o prato enviado por Deus aos brasileiros. Dona Maria e seu Celso, que comemorava seus 50 e poucos anos, serviram uma saborosa feijoada neste domingo aos Gargarella, agregados e amigos. Eu e o Luizão estivémos presentes aos evento. Nas conversas, não se falava em outro assunto senão a situação política. Isso tudo, como uma boa família de italianos, discutido na casa dos 125 decibéis. Zé Baiano analisou que "eu nunca votei nessa porquera do PT, e quero que quem votou se foda". E Celsão, como sempre destacando os trechos mais interessantes de jornais e revistas, leu na íntegra o texto de sábado do Gabeira na Folha e trechos mais picantes da Veja. Suas leituras sempre eram interrompidas por frases próprias como: "Então quer dizer: os filhos da puta não só faziam como mandavam fazer. E os filhos da puta dos imbecis aqui pagando imposto, achando que estava tudo bem", isso com a mágoa só pertencente àqueles que votaram no Lula. Celsinho, como bom simpatizante e eleitor do Partido Verde, por vários momentos oferecia cervejas e mandava o pessoal trocar de assunto.
Com a saudável entrada "pinga, uísque, caipirinha, cerveja, torresmo e panceta", e posterior prato, montado "a la servent du mason", como fossemos encher lage logo após o almoço, ou então partir lenha, servimo-nos da lauta refeição. Deitei às 15h no chão da sala da residência dos Gargarella, dormi por todo o vexame da Fórumla 1 e da Seleção - para não esquecer: PARREIRA VOCÊ É RIDÍCULO - e só me levantei às 18h. E ainda fui prestigiar o aniversário do Guto Fauvel. Cerveja e mais pau no PT.

Segunda-feira: Dia Mundial do Modo Econômico.

sexta-feira, junho 17, 2005

Diário do Front




IOSEF DIRCEU OBEDECE ROBERTO JEFFERSON, PEDE PRA CAGAR E SAI!!!

Iosef Dirceu, em sua depedida do cargo de Homem de Ferro:
"Por isso, saio de cabeça erguida do Ministério. Quero repetir: continuo no governo, como deputado da base de sustentação do governo, e continuo no governo porque sou PT."

Este último período resume qual a noção petista de governo. PT é governo. Não há uma separação entre estado e governo. Para a quadrilha, o Estado serve para encher as burras do partido por meio de um sem número de cargos de confiança que, piores que fiéis da Igreja Universal, pagam seu dízimo religiosamente. Para eles, o importante é estar no poder, e de qualquer forma, nem que isto custe muito ao povo, inchar os cofres do partido. Por mais paradoxal que possa ser, o PT pratica uma corrupção legal, com as corjas que entopem prefeituras, governos estaduais e o federal desviando de forma não tributável dinheiro do povo ao partido. Ascender ao poder para o PT significa apenas isso: estar no poder. Com um governo fraco, em vez de trabalhar, entope agências de publicidade e meios de comunicação suscetíveis a mimos gigantescos, tentando passar a imagem de que está trabalhando, quando na verdade está cagando em cima do País. Sorte que nosso povo começa a acordar.

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Esse é o PT:

ANTES DA POSSE:
Nosso partido cumpre o que promete.
Só os tolos podem crer que
não lutaremos contra a corrupção.
Porque, se há algo certo para nós, é que
a honestidade e a transparência são fundamentais.
para alcançar nossos ideais
Mostraremos que é grande estupidez crer que
as máfias continuarão no governo, como sempre.
Asseguramos sem dúvida que
a justiça social será o alvo de nossa ação.
Apesar disso, há idiotas que imaginam que
se possa governar com as manchas da velha política.
Quando assumirmos o poder, faremos tudo para que
se termine com os marajás e as negociatas.
Não permitiremos de nenhum modo que
nossas crianças morram de fome.
Cumpriremos nossos propósitos mesmo que
os recursos econômicos do país se esgotem.
Exerceremos o poder até que
Compreendam que
Somos a nova política.

APÓS A POSSE:Leia do fim para o início.
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O Mensalão da Perua
PPS recebeu oferta de R$ 4 milhões para apoiar Marta em SP
A crise

do Estadão.com

São Paulo - O esquema de compra do apoio de partidos políticos denunciado pelo deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) em Brasília funcionou também em São Paulo. No primeiro semestre do ano passado, o secretário-geral do PT, Silvio Pereira, e o então secretário municipal de Comunicação, Valdemir Garreta, ofereceram - segundo uma testemunha das negociações - R$ 4 milhões ao PPS para que os vereadores da legenda votassem conforme o interesse da prefeita Marta Suplicy. O PPS tinha então dois vereadores na Câmara paulistana, Edvaldo Estima e Myriam Athiê.
A proposta foi apresentada durante uma conversa na Galeria dos Pães, uma sofisticada padaria na esquina das Ruas Haddock Lobo e Estados Unidos, nos Jardins. Ali os dois petistas se encontraram com os dois principais dirigentes municipais do PPS: o presidente Carlos Fernandes e o tesoureiro Ruy Vicentini. Se o PPS aceitasse, receberia R$ 2,5 milhões de início e o restante viria depois. "O partido não faz essa prática e nós não estamos à venda", reagiu Fernandes.
Ainda assim, numa manhã de sábado, houve um segundo encontro, desta vez num hotel, entre representantes do PT e do PPS. Desta vez, referências ao tesoureiro nacional do PT, Delúbio Soares, pontuaram a conversa. "O Delúbio já autorizou e eu só quero saber quando mando o dinheiro para vocês", disse Garreta.
Fernandes mais uma vez rejeitou a oferta e perguntou de onde viria o dinheiro. O secretário disse ter feito negócio semelhante com o deputado federal João Herrmann Neto (SP), na época filiado ao PPS e hoje abrigado no PDT. "Faço o mesmo acordo que eu fiz com o João Herrmann", afirmou Garreta.
De acordo com a testemunha, o esquema era idêntico ao denunciado por Jefferson, que contou ter recebido de Delúbio a oferta de R$ 20 milhões para o PTB votar a favor do governo no Congresso
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Não tive noção quando publiquei o endereço do orkut da filho do Carlos Eugênio Simon na comunidade da Torcida Jovem. Depois do texto educado que escrevi, milhares de recados entupiram seu sistema. De 600 passou a 1800, e ela, coitada, passou a noite apagando. Coitada. Mas também, quem mandou ser filha de um filho da puta!

quarta-feira, junho 15, 2005

COM O SANTOS ONDE E COMO ELE ESTIVER

ESTE HOMEM É UM FILHO DA PUTA



ESTE HOMEM É UM CÂNCER PARA O BRASIL



Como um homem não dá três pênaltis claros (sem contar mais dois do segundo tempo) e sai sem estar algemado de um campo de futebol. Se ele é um dos melhores árbitros do Brasil, então ontem ele roubou. Roubou, do mesmo jeito que fazem trombadinhas com caco de vidro em semáforos ou que fazem os petistas do Ibama do Amapá. Ladrão, corno, filho da puta. Azar é que eu não tenho como falar com ele. Meu sonho era ter o telefone da casa desse cara. Não tenho como chegar perto dele. Porque novamente, assim como fez em 1995 o ladrão-mór, MRF, este filho da puta roubou na caruda. E é o segundo na minha lista. Juro, o dia que encontrar algum desess dois filhos da puta, mesmo que isso custe muito caro a mim, eles vão ser surrados até a polícia me tirar de cima. Posso ser fraco, mas meu saco ainda balança no meio das pernas Juro!

Parreira, você é um câncer. Sem vergonha, canalha, agente dos interesses da Nike, pau mandado, filho da puta, escovinha, filhote da Ditadura. Quem importância tem para o Brasil a Copa das Confederações? Só para o SEU bolso, para o bolso do maior estelionatário deste País, Ricardo Teixeira, engordar. Seleção Brasileira? Foda-se! Que perca do primeiro jogo à desclassificação. Uma federação que desrespeita seus filiados não pode ter a legitimidade da torcida que só, e somente só, é prejudicada por juízes ladrões, comprados, desonestos, vagabundos. Pessoas que só não pegam lepra porque a doença foi erradicada, por que merecer, merecem!


Juro também que, caso veja um único imbecil pelas ruas com a camiseta do Atlético Paranaense, adeus R$ 120,00. Adeus camisetinha. No meu estado parasita algum vai levar uma com a minha cara. E nem comemorar.

FORÇA SANTOS!!!



FORÇA TOTAL CONTRA O PATÉTICO HOJE! RUMO AO TRI!!!

FORA LULA E FICA ROBINHO!!!

terça-feira, junho 14, 2005

Será que a gente é que é diferente, ou será que os outros são tão iguais?

E agora, e agora, e agora PeTezada do caralho!
Durante os 8 anos do governo do PSDB vocês ficaram caçando pêlo em ovo, e nada de provar nada. FHC hoje anda pelas ruas e é aclamdo pelo povo. FHC hoje recebe aplausos efusivos e prolongados. FHC foi pintado como neoliberal - teoria antípoda da nossa SOCIAL DEMOCRACIA - e manteve-se firme e forte até o final. Toda a fumaça petista nada era além de fumaça, não houve fogo. Nossos corruptos, compo Chico Lopes, foram rapidamente defenestrados.Enquanto isso, os Delúbios e Iosefs Dirceu da vida são encouraçados pelas táticas stalinistas vossas, e as CPIs, investigações e tudo o que possa se imaginar de sujeira desse governo meia colher é ABAFADO. Agora, petezada, comprem um cobertor do tamanho do Brasil. Podem até abafar, mas já sabemos quem são verdadeiramente vocês.
Compra de deputados a preço definido e votado em executivas? Escândalos mensais de corrupção em estatais? Um partido que sempre se colocou acima do bem e do mal, acima dos demais, tenta esfriar uma CPI que é mais quente que uma que, lembro-me vagamente, teve o depoimento de um certo senhor careca, tempos depois assassinado junto com a amigada. À época, caciques do extinto PRN negavam como os senhores. À época, um certo advogado àquela época bem gordo negou e ficou ao lado de Collor até o final. Roberto Jefferson, o mesmo que o nosso letrado presidente Lula da Silva afirmara que daria a ele um cheque assinado em branco. Agora confio em Vossa Excelência.
A esperança virou medo. A estrela virou um buraco negro.

A arrogância e truculência petista já me afetaram profundamente. Até emprego já perdi, sem contar as sem número de vezes que tive de pegar minhas matérias contra o partido e colocar no rabo, devido à facilidade do meu ex-patrão ser encantado por incenso, ouro e mirra. Por muitas vezes fui chamado de marginal - até de trombadinha - por ter orgulho em carregar meu tucano no peito. Muitas vezes me calaram. Muitos dedos foram colocados a poucos milímetros de distância, acusando esses dedos que meus líderes eram corruptos.

Hoje poderia enfiar o dedo na cara de cada um de vocês. Mas não, eu vou esperar aparecerem provas. Mas já se sabe que vocês não são as florzinhas rosas do jardim de comigo-ninguém-pode. E também viram que as aves que estão sobrevoando esse jardim nunca cagaram no jardim para estragar, mas sim para adubar.

Aos amigos petistas: nada pessoal. Mas eu mereço isso. Assim como mereci cuspir na cara de um corintiano na final do Brasileiro de 2002. Chegou a nossa vez. E será que a gente é que é diferente, ou será que os outros são tão iguais? Se honestidade é marca da gente, ser diferente é bom até demais.


P.S.: Nesta terça deparo-me com as lindas pichações nos dois sentidos do viaduto que liga a UFSCar a São Carlos: "R$ 1,70 O Preço da Exploração". Bem, os tucanos de pouca idade não foram, pois estávamos em um debate no Sindicato dos Comerciários na segunda à noite, e depois saímos para comer algo. Acho que foi um pessoal da extrema-esquerda que fez isso, filhotes do partido do cara que autorizou esse aumento ridículo. Depois reclamam de pedágios! Se os ônibus fossem eficientes como os serviços de socorro das estradas, se as ruas de São Carlos fossem conservadas como as estradas paulistas, enfim se o preço fosse justo pelos benefícios advindos da cobrança como o é nos pedágios, não reclamaria. O único que não tem culpa nessa história de aumento é o dono da Rena/Athenas Paulista. Ele está na dele. Se os caras aumentam, o problema não é dele. Que o povo acerte as contas com o PT nas próximas elieções municipais.

dariz endubido

Abençoado seja o pesquisador que descobriu as propriedades da seguinte mistura:

Cloridrato de Nafazolina: 0,5mg/mL
Cloreto de Benzalcônio: 0,1 mg/mL
Cloreto de Sódio: 9,0 mg/mL

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Ontem chegou meu novo computador. Até agora nada de cabos, tampouco teclado e mouse. Com já demorou uns 18 dias para chegar, acho que em Setembro estarei em condições plenas de trabalho.

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Meu amigo Michel fez um levantamento do orkut dele, e resolvi fazer no meu também, domingo à noite. Como podem ver, a falta do que fazer é crônica.
490 amigos
267 homens
219 mulheres
2 cachorros (machos)
1 partido político
1 site

4 homossexuais assumidos
12 protestantes
4 judeus
10 amigos de internet
4 bogus com certeza (Robinho, Elano, Marcelo Teixeira e Waldomiro Diniz)
13 Anas

segunda-feira, junho 13, 2005

Baile do Brega?

Entrei às 3h. Tomei toco dos seguranças em duas filas por estar com os documentos do Prozac. Tinha 10 litros de caipirinha no filtro da casa do Tchá-Tchá. O Pedô me comprou uma lata. O Caique e o Caio não entraram, assim como o DCMFDP e a Bete. Comi um cachorro-quente do Luizinho da Perua. Tudo além disso que te contarem eu não sei se é verdade.

domingo, junho 12, 2005

para não esquecer

mas que caralho!




Eu assisto muito pouco à Globo. Desinforma, deseduca. Insiste em um pensamento imbecil de que o Brasil é um país de cultura única, e desrespeita as culturas dos que sustentam a nação, dos que têm suas riquezas sugadas por um sistema federativo que em vez de desenvolver os mais pobres, transfere a riqueza dos ricos e os estraga despejando aos montes migrantes que, na verdade, só saem de sua terra porque uma elite de filhos da puta pega as riquezas dos ricos e em vez de distribuir a esses pobres migrantes de seus estados, engordam suas burras.

Uma lógica perversa. Mas a Globo é pior, pois desqulifica o Estado de São Paulo sempre que pode. Ouvi que iria passar uma matéria sobre pamonha no Fantástico. Quis assistir. De onde é a melhor pamonha do Brasil? Piracicaba, certo? Não, para a Globo e sua glamourização do way of life nordestino, as melhores pamonhas do Brasil são de Caruaru, Campina Grande... isso porque há um segredo revelado pelo Fantástico que amanhã vai derrubar as bolsas de valores de Salvador, Fortaleza e Teresina: a pamonha de caruaru leva uma lata de leite condensado. ENFIEM NO CU O LEITE CONDENSADO E AS PAMONHAS! O que essa merda de TV quer? Depois da revolução de 1932, o Brasil se encostou em São Paulo. O atraso do Brasil e o progresso de São Paulo vêm da facilidade que o resto dos brasileiros vêem em sugar nossas riquezas. E a Globo, agente carioca dessa merda toda, desmerece o povo paulista. Os da Capital são estressados e arrogantes, e os do Interior são analfabetos. Vários repórteres usam sem problema o sotaque do Nordeste, e os coitados dos caipiras que vão estudar jornalismo têm de fazer fonoaudióloga para perder nosso sotaque. Globo 40 anos? Quarenta anos de enganação e manipulação. E os nordestinos são sempre os bravos, e aos caipiras os vermes e a ignorância. Festas juninas, uma tradição caipira, foi sistematicamente levada pela Globo ao Nordeste, tanto que agora ninguém lembra da original aqui.
Tirei e coloquei no Joga 10. Há muito tempo eu não assisto Jornal Nacional, e só assisto alguma ou outra matéria do Fantástico, geralmente as da BBC e da National Geographic. Mas nem isso dá mais. O pau no cu da Globo carioca em ver o progresso de São Paulo é engraçado, mas, infelizmente, é irradiado à maioria dos lares brasileiros todos os dias.

quinta-feira, junho 09, 2005

RIDÍCULO



SEM COMENTÁRIOS.

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Eu tenho medo quando vou mexer no html desse blog. Nesse e de qualquer página de internet. Que porra é essa? Quem, lá no passado, começou com esta história? São milhões de caracteres sem qualquer tipo de lógica (não, é pura lógica) para os pobres mortais como este aqui, que tem medo de mexer naquilo.
Outro dia meu pai, o Nim, estava falando sobre o grau que a comunicação chegou.

"Antigamente, em Monte Alto, tinha uns 40 telefones, um deles na casa do João Colatrella. Demorava quase um dia para fazer uma ligação para São Paulo. Hoje qualquer zé tem um celular. A Michele está na Inglaterra e você vê ela através de uma câmera em tempo real e fala com ela, e não é por telefone! Na minha época, a primeira transmissão por satélite o Papa que falou. Hoje qualquer boi amarrado no pasto tem um chip e um satélite o monitora. Só em casa temos cinco telefones celulares, mais um fixo. Internet, quando apareceu, era em DOS, os BBSs e demorava um minuto para mandar uma mensagem simples. E agora, eu abaixo músicas em dois minutos. Onde vai parar, onde vai parar?"

Realmente, eu não sei onde essa merda vai parar. Nos primórdios da internet, o pai de um amigo meu me deu de presente um Eddie (o mascote do Iron Maiden) impresso colorido, que ele tinha pegado na internet. Achei que nada seria mais moderno que aquilo. Do mesmo jeito que, nas Olimpíadas de Seul, em 1988, via Telex, o pessoal do escritório do meu pai pegou o Yori, se não me engano era esse o nome, mascote dos Jogos, em três versões, desenhado com caracteres, semelhantes àquelas figuras que mandam no orkut. Com o preço, dava pra comprar um telex novo, se foderam.
Hoje, por dois reais, tenho acesso por uma hora ao mundo todo. Wikipedia, Google, Yahoo, o finado Cadê? e afins. O orkut uniu três ramificações dos Affonso de André, que não tinham contato desde a década de 70. Meu pai, em um lap-top, acoplado a um celular, pode usar a internet dentro de um carro no meio de uma estrada de terra. E eu posso aqui ficar escrevendo merdas sendo que todo e qualquer cidadão do planeta Terra que tenha dois reais ou o equivalente em seu país possa ler.

Onde vai parar?

terça-feira, junho 07, 2005

EU JÁ SABIA!

O título acima tem dois significados. O primeiro é o seguinte: eu já sabia que essa turma do PT não vale nada, que são corruptos, corruptores, safados, pilantras, malandros. Roberto Jefferson fez o que tinha prometido: denunciar a corrupção existente no governo petista. R$ 30 mil de mensalão, pagos pelo PT, mais precisamente pelo tesoureiro Delúbio Soares, o PC do Lula, e pegos pelos deputados dos dois partidos mais asquerosos do país depois do PT, PP e PL, é uma grana considerável. De onde vem esse dinheiro? Empreiteras? Ou dos nossos bolsos, achincalhados com a nomeação de um sem número de cargos de confiança na União, estados e municípios, que religiosamente pagam seu dízimo ao PT. Sim, caro leitor (se é que há algum): você pagou o mensalão ao Severino e ao Valdemar Costa Neto. Eu já sabia, porque eu pagava.

Agora o segundo sentido que "eu já sabia" tem é que muita gente vai falar que já sabia. E é verdade, todo mundo já sabia. Só que muito pouca gente fez algo. Miro Teixeira, Heloísa Helena, Marconi Perillo, César Maia... todos avisaram antes do RJ mandar a merda ao ventilador. Só que se o Marconi Perillo avisou ao Lula (e olha que o Perillo é tucano, e avisou como amigo, assim como aqueles que ficam sabendo que a namorada de um camarada lhe cravando chifres na testa). E o que o Lula fez? Colocou na mão do Iosef Dirceu para investigar. No mínimo, deve ter comprado mais um sem fim de gente para ABAFAR a história,e "vamos lá, Delúbio, mensalão neles".

É fácil fazer uma base de apoio, à moda petista. Nos municípios, onde o dinheiro é mais escasso, você pode fazer o seguinte: pegue um vereador que na última gestão fora da oposição, e dê a ele 6 cargos de confiança na Prefeitura. Primos, amigos, filhas de amigos, genros, noras... pronto, está comprado o vereador. Como deputados se dão mais "valor", são os mensalões que os fazem mansos e apoiadores.

QUEM TE VIU, QUEM TE VÊ, PT!!!!!

quinta-feira, junho 02, 2005

R$ 15 mil

Nossa, que legal! A "jornalista" Baby Soares (famosa por ter um programa de rádio que nunca falou mal da Prefeitura petista de São Carlos, talvez porque ela não seja de São Carlos, e também famosa pelas propagandas que recebe da Viação Paraty) me deixou contente hoje.
Ao comentar a paralisação nacional dos servidores públicos federais, motivadas pelo ridículo aumento de 0,01% dado pelo caótico, e não católico, presidente da República, afirmou que "esses funiconários públicos vagabundos, que recebem R$ 15 mil por mês e ficam fazendo greve". Pois bem, aqui na UFSCar os servidores - tirando os professores - que têm melhores salários não recebem mais de R$ 4 mil. Mas se ela disse, e suas vinhetas a tratam como uma espécie de arauta da verdade verdadeira, é verdade. Que legal, meu salário vai subir 1000%!

Vai levar outro processo a nobre "jornalista". Já perdeu um para o do dono de um jornal de grande circulação na cidade há menos de um mês. Não aprende. Triste cidade, que tem de suportar todas as manhãs o lixo araraquarense: Baby, nos 1400, e Leite, nos 1300. Culpa dos donos da mídia, que pagam mal os são-carlenses e chupam as bolas dos forasteiros línguas de aluguel.

Olavo de Carvalho

Quem come quem
Olavo de Carvalho

Texto original. Distribuído aos alunos do Seminário de Filosofia em 12 jun. 1999.

A luta pela "identidade nacional" na cultura brasileira tem sido uma longa comédia de erros. Enquanto nossos vizinhos buscavam sabiamente fortalecer os laços que os uniam à cultura hispânica de origem, lutávamos obsessivamente para cortar toda nossa raiz lusitana. Se é verdade que "pelos frutos os conhecereis", está na hora de admitir que apostamos no cavalo errado. De um lado, há perfeita continuidade de Perez Galdós a Jorge Luís Borges, de Unamuno a Octavio Paz, enquanto entre nossos literatos (para não falar de estudantes de letras) não se encontrará um só que, lendo Camilo Castelo Branco, não esgasgue a cada linha, intimidado por um vocabulário que com apenas um século de idade se tornou impenetrável mistério antediluviano. De outro lado, o idioma espanhol se afirma poderosamente como língua de cultura mundial, enquanto o português vai perdendo terreno aqui dentro mesmo, acossado pelo barbarismo midiático, manietado pelos fiscais politicamente corretos, açoitado pelos feitores da incorreção obrigatória.
Um efeito cíclico da nossa obsessão identitária é que, quanto mais nos afastamos da nossa raiz autêntica lusitana, mais temos de tomar emprestada a seiva alheia, seja francesa ou americana, e mais a nossa sonhada autenticidade se torna uma caricatura do estrangeiro. E o motivo disto é bem evidente: recusando-nos a desenvolver formas e estilos a partir de uma tradição lingüística própria, não nos resta alternativa senão rebaixar-nos a fornecedores de matéria-prima. Já no Romantismo, nós entrávamos com os papagaios e os coqueiros, Chateaubriand com a fórmula literária. Ora, em literatura, a forma é tudo: cor local, temas, cenários e documentarismo lingüístico contribuem menos para definir a nacionalidade de uma obra do que o faz a forma interna, esta sim, inconfundivelmente americana ou russa, inglesa ou lusa. A narrativa ágil e quase jornalística dos romances de Hemingway é sempre americana, quer a história se passe em Paris ou se adorne de acento espanhol. Imitada em francês, em malaio ou em urdu, permanece americana, pela força da matriz lingüistica onde foi gerada como solução americana para problemas expressivos americanos. Mais nos valeria, pois, ter desenvolvido a novela camiliana, mesmo que fosse em histórias passadas na África ou no planeta Marte, do que adaptar os temas nacionais ao modelo proustiano ou ao realismo socialista, ainda que temperados de gíria baiana ou mineira. O primado da forma, a sujeição da matéria, são leis inescapáveis, em literatura como em tudo o mais: "Quando o coelho come alface, é a alface que vira coelho, não o coelho que vira alface", resume Jean Piaget. Cobras e índios no molde literário de Apollinare não são cultura brasileira: são o delírio de um turista francês, intoxicado de cauim. O segredo da brasilidade autêntica do teatro de Ariano Suassuna não está nos temas, comuns a tantas obras epidermicamente nacionalistas, nem na imitação da linguagem popular, obrigação dogmática que se tornou cacoete: está em que a fórmula estrutural de suas peças não se inspirou em Sartre ou Brecht, e sim nos autos medievais lusitanos. Suassuna não é brasileiro porque come coco, mas porque digere a fruta local no estômago da tradição lusa. A forma é tudo. E um candomblé na Sorbonne não é sincretismo brasileiro: é a antropologia francesa engolindo o Brasil.
Mais fez pela brasilidade do romance um Machado de Assis, criando com assunto urbano e em português castiço a fórmula inédita das Memórias Póstumas (não há por que exgerar a influência de Sterne), do que dezenas de imitadores de Zola narrando histórias de escravos com sintaxe de cangaceiro. Uma nova fórmula vale mil assuntos. Ser brasileiro, para um romancista, é integrar a experiência — local ou mundial, pouco importa — numa chave intelectual e estética criada por nós segundo as nossas necessidades, e não integrar materiais locais e trejeitos lingüísticos regionais numa tradição narrativa francesa ou inglesa. É uma simples questão de quem come quem.
O protesto de Evaldo Cabral de Melo, de que só povos complexados se preocupam com a própria identidade, pode ser aceito como um exagero corretivo, mas continua exagero. A obsessão germanizante de um povo em luta com o complexo de inferioridade gerou Hermann e Dorothea e a filosofia de Fichte, Schelling e Hegel. E a afirmação xenófoba do russismo contra a hegemonia franco-germânica produziu Dostoiévski, Soloviev e Lossky. Abençoada neurose!
Nosso erro não está em buscar uma identidade. Está em três fontes de engano, nas quais bebemos compulsivamente há mais de um século. Primeira: revoltamo-nos sempre contra o dominador errado. Escravos da Inglaterra, continuávamos a nos bater contra o extinto domínio português. Intoxicados de francesismo, esforçávamo-nos por expelir de nosso ventre os últimos resíduos da herança portuguesa. E hoje, paralisados sob as patas do império mundial anglófono, encenamos ainda um ridículo Ersatz de rebeldia, não anti-anglo-saxônica e sim antilusitana, jogando bombas ideológicas contra a "língua dos dominadores", como se o FMI fosse presidido por Cândido de Figueiredo e a Gramática Metódica de Napoleão Mendes de Almeida fosse a Carta da ONU. Vista sob esse prisma, nossa pretensa busca de independência não é senão afetação e disfarce para encobrir nosso compulsivo puxa-saquismo, nossa incoercível devoção ao poder mais forte, nossa renitente hipnose de botocudos ante os prestígios internacionais do momento.
A segunda coisa: acreditamos demais na mágica besta do popular, do local, do costumeiro e corriqueiro. Achamos que falando de coisinhas do nosso dia a dia e imitando a fala do povo seremos nacionais, quando a força da criação nacional não está na sua matéria, muito menos no populismo do seu estilo, e sim na originalidade das soluções estéticas e intelectuais que, uma vez bem sucedidas, se transformam em soluções e modelos para outros escritores de outras nações. Dostoiévski não representa o gênio russo porque fala da Rússia ou porque imita a fala dos russos, mas porque inventou, desde a Rússia, um sistema de enfoques narrativos que desde então se tornou necessário para todos nós, seja para falarmos da Rússia, seja de nós mesmos. A originalidade de uma literatura nacional é enfim uma só e mesma coisa que a originalidade criativa de seus escritores, a qual por sua vez não é senão a capacidade de dar respostas sérias a ansiedades autênticas. E, quando isto falta, não há documentarismo, populismo ou automacaquice lingüística que o substitua.
A terceira fonte de engano é a perpétua confusão que fazemos entre o universal e o atual. Achamos que, para integrar-nos na cultura mundial, temos de acompanhar o debate que se desenrola entre os povos mais ricos e supostamente mais cultos. Nunca nos ocorre a hipótese de que, no curso desse debate, esses povos possam ter perdido o fio da sua própria tradição cultural, de que possam estar reduzidos à mais profunda incompreensão de si mesmos, de que possam estar mergulhados numa inconsciência que só um maluco suicida desejaria imitar. Tomamos sempre os povos importantes de hoje como se fossem os únicos intérpretes autorizados da tradição ocidental (para não dizer mundial), e nos recusamos a lançar um olhar direto e sem fiscais sobre um passado que eles mesmos, tantas vezes, confessam já não compreender mais. Quem nos garante que, examinando por nossa conta a antigüidade greco-romana, a cristandade medieval, a remota herança dos povos orientais, não seremos capazes de descobrir aí certos tesouros que foram esquecidos pelo establishment cultural euro-ianque ou que mesmo escaparam completamente ao seu horizonte de visão? Quem, que autoridade, que dogma inabalável nos reduz à condição de herdeiros indiretos que só podem ler Marco Aurélio com os olhos de Renan, Parmênides com os de Heidegger ou Aristóteles com os de Jaeger? Quem nos arrebata o privilégio de desfrutar diretamente de uma herança que não pertence só aos povos ricos e que os povos ricos tantas vezes desprezaram, traíram, aviltaram e perderam? Quem nos assegura que a linha de evolução intelectual da Europa moderna foi a única ou a melhor possível que poderia ter-se desenvolvido a partir do legado medieval e antigo? Por que embarcar na paralisante suposição apriorística de que não podemos descobrir aí novos e inéditos desenvolvimentos? Por que fazer da história intelectual européia o modelo paradigmático e inescapável da sucessão dos tempos? Por que repetir, como um disco rachado, que as coisas não poderiam ter sido de outro modo e recusar-nos a experimentar outros modos possíveis? Por que não podemos escandalizar e chacoalhar a empáfia dos usurpadores, lendo Heidegger através de Parmênides, Nietzsche através de Sócrates, a modernidade através da Idade Média? Por que não podemos, em vez de medir o passado com a régua dos senhores do dia, julgar os senhores do dia à luz das sementes cujo máximo e perfeito desenvolvimento eles, sem a mínima prova, asseguram representar? Por que não nos atravemos a provar que as antigas sementes, plantadas em terra nova, podem dar melhores e mais doces frutos do que as ideologias européias, o comunismo, o fascismo, duas guerras mundiais e a presente degradação intelectual do mundo?
Não fomos só nós que caímos na esparrela de abdicar de uma herança que nos pertence. Os portugueses, inferiorizados por não acompanhar pari passu o pensamento moderno, acabaram se esquecendo daqueles fantásticos filósofos de Coimbra, mestres de Leibniz, que em pleno século XVI já pensavam em economia de mercado e física probabilística, saltando três séculos sobre a ilusão mecanicista cujo prestígio, tão invejado pelos ìluministas lusos, só fez atrasar o desenvolvimento das ciências e inspirar, na política, os frutos mais letais do estatismo centralizador. Até hoje Portugal, como um príncipe bêbado que se imaginasse mendigo, atribui suas desventuras ao fato de não ter tido seu Voltaire ou seu Rousseau, quando seu único erro foi o de esquecer-se de si, o de não conseguir olhar seu próprio passado senão no espelho enganoso da modernidade alheia.
Por ironia, justamente nisso continuamos imitando servilmente Portugal. Iludidos pelo dogma de que o presente abrange todo o passado — quando por definição nenhum conjunto de fatos esgota o possível —, recusamo-nos a receber o legado das grandes épocas e continuamos mendigando às portas da mediocridade européia (e americana) atual. Barramos assim nosso acesso a uma verdadeira universalidade e continuamos nos agitando em vão na falsa alternativa cíclica do estrangeirismo e do localismo, ora em formato puro, ora ressurgida sob o disfarce do elitismo e do populismo.
Reincide no engano —só para dar um exemplo recente — o livro de Marcos Bagno, Preconceito Lingüístico. O Que É, Como Se Faz (1), ao assumir a defesa do mais entrópico laissez-faire gramatical contra toda tentativa de conservar a unidade da norma culta, abominada como mecanismo de exclusão social e opressão dos pobrezinhos. Adornando de terminologia técnica uma argumentação que no fundo não passa do habitual apelo ao ressentimento populista contra os adeptos do purismo vernáculo, supostamente também senhores do capital — ai, meu Sacconi! —, o autor nem de longe dá sinal de perceber que, afrouxada a norma portuguesa, o que haverá de predominar não será o democratismo igualitarista das falas populares, autoneutralizantes por sua multiplicidade mesma, e sim a influência ordenadora da norma anglo-americana, ocupando substitutivamente — e usurpatoriamente — o lugar da regra vernácula. Isso aliás já vem acontecendo, como se vê pela alarmante disseminação do uso de palavras portuguesas montadas segundo uma sintaxe inglesa — "amanhã estarei indo viajar" —, o que já não é mais a corriqueira assimilação de vocábulos estrangeiros e sim precisamente o contrário de uma assimilação: é uma adaptação do material nacional à forma dominante estrangeira, é ser assimilado, é fazer o papel da alface na fisiologia do coelho. Toda cultura nacional é um vasto sistema de incorporações, no qual manifestações isoladas e locais vão se integrando numa unidade superior, e isto acontece com a língua tanto quanto com as idéias. Se, no topo, esse movimento não encontra um critério de unidade que lhe seja próprio, ele logo se amolda a um de fora, preferindo antes ser assimilado do que voltar à dispersão de onde partiu. Se o prof. Bagno fosse um agente consciente do imperialismo, pretendendo dissolver a nossa unidade lingüistica para lhe sobrepor a americana, seu livro seria obra de inteligência, mista de maquiavelismo. Mas não: ele é apenas mais um esquerdista doido, desses que, ansiosos para expressar sua miúda revolta imediatista e cega, não sabem a quem servem em última instância e aliás não querem nem saber: falam o que lhes dá na telha e, de tempos em tempos, constatam, mais revoltados ainda, que tudo deu errado e seu mundo caiu.
Para cúmulo de inconsciência, o prof. Bagno, citando indevidamente Aristóteles, proclama que sua obra é política, quando a política para o Estagirita é o cuidado do bem comum, isto é, a vigilância sobre os rumos da sociedade como um todo, e nunca a adesão parcialista a exigências de grupos ou classes, defendidas como se valessem por si e sem o mínimo exame das conseqüências que seu atendimento possa produzir sobre o corpo da sociedade integral. Para os meninos da Febem ou para o lavrador de Ponta Grossa, pode ser bom ou pelo menos cômodo, a curto prazo, que os deixem escrever como falam, sem subjugá-los à uniformidade da norma. Subjetivamente, eles talvez se sintam, assim, menos excluídos. Mas, objetivamente, aí sim é que estarão excluídos, aprisionados na sua particularidade e sem acesso à conversação das classes cultas. Tudo depende de saber se preferimos enfraquecê-los pela lisonja ou fortalecê-los pela disciplina. Há nisso uma escolha moral que os amigos do povo preferem não enxergar. E se, levando as opiniões do prof. Bagno às últimas conseqüências, as próprias classes cultas desistirem da norma unitária e, para não passar por preconceituosas ante o olhar malicioso dos ressentidos, adotarem como obrigatória a entropia populista, então das duas uma: ou a entropia arrastará na sua voragem o pouco de possibilidade de diálogo racional que ainda resta neste país, ou então uma norma substitutiva acabará por se impor, e ela certamente virá da rede das telecomunicações, cujo idioma e padrão é o inglês. Qualquer das duas coisas será indiscutivelmente boa, mas para os Estados Unidos. E, se me perguntarem se o que é bom para os Estados Unidos não é bom para o Brasil, direi, de novo, que é uma simples questão de quem come quem. (2)

NOTAS
(1) São Paulo, Loyola, 1999.
(2) Erros idênticos aos do Prof. Bagno já podiam ser encontrados, com um ano de antecedência, em Por Que (Não) Ensinar Gramática na Escola, de Sírio Possenti, professor da Unicamp (Campinas, Mercado de Letras, 2ª impressão, 1998. As idéias de Bagnos e Possentis vêm fazendo as cabeças — isto é desfazendo os cérebros — da maioria dos estudantes de Letras neste país.

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Nota do Cebola: imbecis, não sou de direita. Aprendam a engolir tudo o que é inteligente, e não tudo o que o professor fala que é inteligente.

quarta-feira, junho 01, 2005

FICA ROBINHO!!!!

Robson de Souza, por favor, fique no SANTOS. Essa é tua casa. Na Europa vão te chamar de macaco e te jogar bananas. Aqui você é o nosso ídolo, o nosso moleque. Fica, Robinho, Fica...


ooÔ, ooô, ooô FICA ROBINHO!!!!!!



Nunca convoca, só convoca pra foder o Santos. É dor de cotovelo pelo chocolate de 2002.

Hoje é Tião, às 19h15!

SAAAAAAAAAAAAAAANNNNNNNNNNNNNNTTTTTTTTTTTTOOOOOOOOOOOSSSS!!!


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Quando menos se espera que as coisas irão mudar, e tudo o que você precisa é de uma mudança que faça sua cabeça rodar, sua bunda mexer e sua preguiça se dissolver, alguém te liga perguntando "Quanto você ganha aí? Tá interessado em trabalhar conosco?".
Nesses momentos percebe-se que, além de Deus existir ele te dá a inteligência para todas as portas estarem abertas. Mas só, e somente só, quando você realmente precisar.